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Rua Nova
 
Rua Nova 

 «Eixo fundamental da cidade, na sequência da rua do Souto, define com ela a metade Norte e a metade Sul de Braga.

Alargada no tempo de D. Diogo de Sousa, ligava a rua do Souto com o Campo das Hortas, através de uma abertura, feita nessa data na muralha, a Porta Nova. Esta porta viria a ser alterada na sua arquitectura, em 1772, segundo um desenho atribuído a André Soares.

Rua de primordial importância, nela se situava, de Este para Oeste, a igreja da Misericórdia, a casa brasonada de familiares de D. Jorge da Costa, cardeal de Alpedrinha e uma fonte (aberta por D. Diogo de Sousa e reconstruída por D. Frei Agostinho de Jesus).

Mais importante ainda é o facto de ser por esta rua que os novos Arcebispos faziam a sua entrada solene na cidade sempre com grande pompa e festejos.

O Mappa mostra-nos uma rua repleta de gelosias, uma forma de fechar as janelas e portas de varandas muito comuns (das casas da burguesia comercial?)—, bastantes edifícios de três pisos e algumas mesmo de quatro; e muitas com varandas.

No extremo só ficava um pequeno mercado coberto, a Pracinha, espaço aberto também por D. Diogo de Sousa, que ao longo dos tempos, e até 1750, teve os nomes de praça da Hortalice, praça do Pescado e praça do Pão, designações que mostram bem a actividade económica que nela se praticava.

Uma significativa perda de importância comercial e social deverá ter acontecido a partir da data de mudança do centro comercial da cidade, da zona da Sé para a da Arcada.

A rua Nova corresponde hoje exactamente à rua de D. Diogo de Sousa; a Pracinha mantém também o tradicional sentido toponímico, com o nome de praça Velha. Com 27 casas de cada lado pertenciam ao Cabido 13 do lado Norte e 1 do lado Sul.

Hoje esta rua mantém ainda muitas das casas que apresentava em 1750. As que foram alteradas correspondem, porém, a uma tipologia de pisos e aberturas de fachadas semelhantes; só as gelosias desapareceram integralmente. A fonte foi tapada em finais do século passado.

A Pracinha viu os seus edifícios crescer em altura, sobretudo do lado Este e o mercado coberto foi retirado em data que desconhecemos.»

(OLIVEIRA, Eduardo Pires. In: Mapa das Ruas de Braga, vol. 2, ed. Arquivo Distrital de Braga e Companhia IBM Portuguesa, 1991, p. 48)


 
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